Corpo encontrado em Joinville era de jovem desaparecido

16/05/2011

O corpo encontrado no sábado num matagal do bairro Morro do Meio, em Joinville, foi confirmado como sendo de Anderson Ochner, 25 anos, desaparecido desde segunda-feira. A vítima estava enrolada em plástico. O rapaz foi velado no Cemitério Municipal e enterrado domingo de manhã no Cemitério Cristo Rei.

O paradeiro de Anderson somente foi confirmado com a ajuda de uma ligação anônima. Uma pessoa, aparentemente nervosa, teria ligado para a companheira dele, Silvana Sehnem, 25 anos, dizendo o local do corpo e como aconteceu o assassinato.

— Estamos com medo de que as pessoas queiram se vingar — diz Silvana.

O matagal em que o corpo foi encontrado fica nos fundos de um conjunto de quitinetes, em uma lateral da rua Minas Gerais. Vizinhos dizem que o local era frequentado por traficantes e usuários de drogas. O delegado da divisão de homicídios, Adriano Bini, diz que já há uma linha de investigação, mas não revelou detalhes.

Anderson estava de licença há 11 meses depois que teve um dedo amputado enquanto trabalhava numa fábrica no bairro Vila Nova.

— Ele estava nervoso de ficar em casa — comenta Silva.

Na segunda-feira de manhã, o rapaz saiu sem contar onde ia. A moto dele foi encontrada no mesmo dia na zona Sul da cidade, com a placa entortada.

Pessoas viram o rapaz no Morro do Meio e informaram à companheira. Foi a última vez que ele foi visto. A família da vítima fez buscas pela região, inclusive em matagais e rios. Mas sem sucesso.

— Se a gente não recebe aquela ligação, nunca ia saber onde ele estava — lamenta Silvana.

Nesta segunda, Silvana irá até a delegacia para saber como está o caso. Ela está preocupada com a possibilidade da polícia não localizar os criminosos.

— A gente só quer justiça. Que as pessoas que fizeram isto paguem — enfatiza.

O laudo apontando a causa da morte ainda não foi divulgado pelo Instituto Médico Legal. A suspeita da família é de que o rapaz tenha sido enforcado. Ele foi encontrado com as mãos amarradas para trás.

Possíveis testemunhas e familiares de Anderson devem prestar novos depoimentos sobre o caso hoje na Central de Polícia Civil.

Entrevista/Silvana Sehnem

“A gente já tinha planos de casamento”

Como o Anderson era?

Era calmo, amoroso. Uma pessoa boa. Bem família. Gostava de jogar bola.

Há quanto tempo vocês se conheciam?

A gente namorava há nove anos. Há dois anos, morávamos juntos. A gente já tinha planos de casamento. Só não nos casamos porque não tínhamos dinheiro. Ele falava em filho. Adorava crianças. O sonho dele era ter um filho.

Como os pais dele estão?

Bastante abalados. É o segundo filho que eles perdem. O primeiro morreu há sete anos num acidente de moto. Ainda não acredito que ele esteja morto.


Fonte: DIARIO CATARINENSE

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