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Uma quadrilha sediada no Vale do Itajaí e Litoral Norte adulterou e comercializou em revendas pelo menos 230 veículos, a maioria furtada, em Santa Catarina. Para legalizá-los, os criminosos compravam carros acidentados em leilões realizados em outros estados e contavam com os serviços de uma empresa fabricante de placas de Balneário Camboriú credenciada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Os crimes foram descobertos e apurados pela Divisão de Furtos e Roubos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis. A ação resultou, até agora, em 12 mandados de prisão e 18 mandados de busca e apreensão decretados pela Justiça. Seis pessoas estão presas temporariamente, suspeitas de integrar o bando.
As ordens judiciais começaram a ser cumpridas na última quinta-feira e continuaram na manhã desta segunda-feira no Vale do Itajaí e Litoral Norte, nas cidades de Balneário Camboriú, Brusque, Camboriú, Itajaí, e também em Curitiba (PR), onde haveria ramificações. Os presos foram levados para a Deic e não tiveram os nomes revelados.
Intitulada de Gol de Placas, a operação mobilizou equipes da Deic e dois delegados corregedores do Detran. Desde 2011, foram apreendidos 55 veículos adulterados. À tarde de segunda-feira, alguns dos veículos — a maior parte populares, o alvo principal da quadrilha — foram levados para o pátio da Secretaria de Segurança Pública, em São José, na Grande Florianópolis.
Os policiais envolvidos na investigação evitaram dar entrevistas ou detalhar a ação da quadrilha em razão do segredo de Justiça decretado no inquérito policial. As ordens de prisão são por cinco dias e nesse tempo a polícia interrogará os presos em busca de novas informações.
O delegado Alexandre Carvalho disse que a investigação já dura 12 meses e que a Deic espera apreender ainda 200 veículos identificados como adulterados e que continuam nas ruas, mas não deu mais detalhes.
A polícia afirma ter imagens e monitoramentos que comprovariam a atuação dos criminosos em furtos, clonagem, desmanches e uma série de modalidades criminosas para adulterar e esquentar veículos. A maioria dos furtos acontecia em Joinville, no Norte de SC. Os veículos furtados tinham as mesmas características dos leiloados.
A Deic chegou ao grupo por meio de um dos laranjas, que tinha em seu nome mais de 100 carros revendidos em lojas por preços normais de mercado. A polícia acredita que os compradores das revendas eram de boa fé e acabaram sendo lesados pela quadrilha. Os carros investigados constam com restrição na documentação e, por isso, a polícia espera localizá-los rapidamente.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
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