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Uma investigação da Polícia Federal de Itajaí levou à prisão do médico Gastão Helmuth Leitis por suspeita de crime contra a saúde pública. Segundo a polícia, ele é suspeito de realizar procedimentos estéticos para os quais não teria autorização, entre eles a aplicação de fosfatidilcolina, conhecida pelo nome de Lipostabil, que tem o uso proibido no Brasil. O médico pagou fiança e foi liberado na madrugada de terça-feira.
Segundo o delegado Luciano Eduardo Raizer, da Polícia Federal, as investigações iniciaram após os Correios terem identificado uma encomenda de Lipostabil supostamente endereçada à casa do médico. A informação foi repassada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na tarde de segunda-feira, policiais Federais munidos de mandados de busca e apreensão fizeram buscas na casa e na clínica de Leitis. De acordo com Raizer, foram localizadas 50 ampolas de Lipostabil, além de outras 100 que faziam parte da encomenda detectada pelos Correios.
A clínica foi interditada, e o médico, detido em flagrante e encaminhado ao Presídio de Rio do Sul. Horas depois, o juiz federal Moser Vhoss estipulou a fiança em R$ 49 mil e autorizou a liberação de Leitis, contanto que ele não saia do país e não se ausente de casa por mais de sete dias sem avisar à Justiça.
As investigações seguem, agora, na tentativa de identificar a procedência das ampolas que estariam em poder do médico. A encomenda que ele supostamente receberia pelos Correios vinha de outro estado, não divulgado pela Polícia Federal. As apurações indicarão se o produto é importado ou estava sendo produzido no Brasil, o que também é proibido.
O uso do Lipostabil não é permitido no país desde 2003, devido à falta de comprovação da efetividade do medicamento e dos riscos à saúde dos pacientes. O produto foi desenvolvido para auxiliar no tratamento de embolias gordurosas, mas passou a ser também estético, numa tentativa de eliminar gordura localizada. A pena para quem aplicar este tipo de substância é de 10 a 15 anos de prisão.
CONTRAPONTO
O que diz Gastão Helmuth Leitis:
Segundo o delegado Luciano Eduardo Raizer, da Polícia Federal, o médico se manteve em silêncio e não quis prestar informações oficialmente após a prisão. Terça-feira, ele foi procurado pelo Santa, mas sua mulher informou que a família não iria se manifestar. O advogado de Leitis, Rodrigo Jacobsen Reiser, não foi localizado.
Fonte: JORNAL DE SANTA CATARINA
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