Da janela de hotel, catarinense viu retirada de corpo de vítimas de explosão no Rio de Janeiro

13/10/2011

— Quando olhei pela janela parecia uma cena de guerra, com árvores quebradas e uma nuvem de poeira no ar — relatou uma catarinense que estava hospedada em um hotel ao lado do restaurante Filé Carioca, atingido por uma explosão na manhã desta quinta-feira, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro. Três pessoas morreram e 17 ficaram feridas.

A enfermeira do unidade avançada do Samu de Balneário Camboriú, Maria Elisa Vieira de Campos, que estava no sexto andar do hotel Formule 1, conta que os hóspedes sentiram o chão tremer com o estouro e correram para a janela para saber o que havia acontecido.

— Ouvimos pessoas gritando e chorando. Do alto do prédio vimos os corpos cobertos com lona e outras vítimas sendo atendida. Tava todo mundo desesperado. Os funcionários do hotel pediram para a gente sair às pressas. Saí só com a roupa do corpo e o celular — conta. Conforme a catarinense, ainda era possível sentir o cheiro de gás na rua.

Vidros quebraram com a pressão

A Polícia Militar, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros isolou a área e começou as buscas e atendimento às vítimas. Além do hotel, outro prédio foi interditado e só deve ser liberado após análise de técnicos da Defesa Civil. Em poucos minutos, uma multidão de curiosos tomou conta da Praça Tiradentes.

De acordo com ela, parte do térreo do hotel também foi destruído e os vidros dos primeiros andares quebraram com a pressão. Em um prédio vizinho, a estrutura foi afetada até o nono andar.

Os hóspedes que estavam tomando café da manhã no restaurante do hotel — separado por uma parede do local da explosão — também foram atingidos pelos destroços, lançados a uma distância de cerca de 100 metros.

Um casal de equatorianos, que estavam a poucos metros do restaurante no momento do acidente, pensou que se tratava de uma implosão, por conta do barulho, destroços e onda de poeira.

Férias traumáticas

Maria Elisa Vieira de Campos estava de férias na capital carioca. De acordo com ela, a experiência como socorrista ajudou a manter a calma.

— As mesmas orientações que eu repasso para as pessoas que atendo no Samu foram usadas naquela hora. O importante é sair de cena para não ser mais uma vítima.

Chocada, a catarinense conta que só pensou em ligar para a família para falar que estava tudo bem.

— Estou com o corpo todo dolorido e cansada por causa do estresse e da adrenalina. Planejava retornar na próxima terça, mas acho que volto antes — afirmou.


Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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